Pós-de-bem-querer para partilhar/oferecer: Pensamentos, histórias, aprendizagens.Tudo o que acontece quando se vive e se ama a vida!...
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Meditação guiada
Post.it: Reescrever o caminho
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Onde?
domingo, 28 de novembro de 2010
Post.it: A estação de comboios
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Post.it: I’m a big big girl
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Post.it: Castings amorosos
Depois, de um momento para o outro com ou sem explicação torna-se passado. Repetimos as mesmas frases para nos animarmos, entre elas que “o sofrimento ensina e faz crescer”. Dando-nos uma lição que nos torna mais distante, desconfiadas. O tempo passa e os “castings” são cada vez mais cansativos, os finais cada vez mais dolorosos e juramos para nós mesmas que não vamos reviver a experiência.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Post.it: Vida de solteira
Era uma vez: Sementes de tesouros
Em criança, passava horas no jardim das traseiras, na penumbra sombria criada pelas árvores centenárias que já ali se encontravam quando o pequeno palacete fora construído, numa alameda relativamente próxima da pequena cidade, mas suficientemente afastada para garantir silêncio e isolamento – duas exigências do seu avô paterno, homem de posses, que o idealizara. Beatriz habituara-se ao ambiente calmo e silencioso da casa e do jardim. Conhecia pouca gente. A doença da mãe e o mistério que envolvia o seu nascimento eram os motivos do isolamento social da família. Não tinha amigos, apenas sabia que existiam pelos livros que lia compulsivamente. Aprendera a ler com apenas cinco anos, quando a mãe ainda tinha gosto na sua companhia. Ensinara-a a ler e semeara nela a vontade de viver e o hábito de sonhar. Mas, um dia, adoeceu e esqueceu-se da filha. Descobriu mais tarde que a doença não era do corpo. Fora a alma que perdera a alegria e a vontade de viver. Ninguém lhe explicava as razões de tal doença. Os avós, a ama e até a empregada, que vinha todos os dias da cidade, zangavam-se sempre que se atrevia a falar no assunto. Adivinhava a relação com o seu nascimento pela frieza com que os avós a tratavam – como se fosse a culpada da infelicidade da filha. Desistira de os questionar sobre o pai, tal era a fúria que lia no olhar do avô e a dor que se espelhava no da avó, quando respondiam contidamente: “- Não são assuntos para a tua idade. Contenta-te com a vida boa que tens!”
Restavam-lhe as árvores do jardim. Nomeara cada uma e fizera delas suas amigas. Lia-lhes os livros que o avô nunca deixara de lhe oferecer regularmente. Muitos eram de histórias, outros de História, de Ciências Naturais, Física, Química ou Geografia – matérias que o avô achava que ela podia aprender sozinha. Para a Matemática, a Literatura, a Música e as línguas estrangeiras, vinha, duas manhãs por semana, uma professora pouco faladora que se cingia aos assuntos de estudo.
Estava sozinha e o jardim era o seu mundo, onde permanecia e onde a sua mente viajava pelos oceanos e continentes da imaginação. Nessas viagens, descobria tesouros a que dava vida nas páginas dos cadernos que nunca eram suficientemente grandes para tantas palavras, tantas ideias, tantas histórias e tantos desenhos! Guardava-os ciosamente numa caixa que escondera no tronco da velha tília, guardiã do seu tesouro e confidente das lágrimas, dos risos, dos sonhos e das esperanças. Beatriz fora descobrindo a beleza da amizade e do amor através dos livros e vivia esses sentimentos nas viagens interiores, onde descobria e criava mundos que só ela conhecia e que lhe ofereciam o que a vida real lhe negava.
Sabia agora que esses mundos e tesouros, só seus, lhe tinham permitido sobreviver e vencer a solidão, transportando-a em segurança para a vida adulta, onde veio a descobrir que todo o mistério não passara de preconceito – um amor proibido, uma mãe solteira, uma filha escondida, um pai desconhecido que nunca encontrara – que, por sorte ou providência, se transformara em imaginação, riqueza e dom que partilhava com os seus jovens leitores. Talvez, algures, estivesse algum tão sozinho como ela fora. Era para esse que contava as suas histórias, escondendo nelas sementes de tesouros, para serem descobertas e semeadas.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Post.it: Toda a gente é pessoa
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Post.it: Pessoas especiais
As pessoas especiais reconhecem-se pela simplicidade e alegria com que estão na vida e pela forma como semeiam essa alegria. É um estado de alma que vem da verdade que inunda a sua vida, do respeito e compreensão que nunca faltam na atenção que sabem dar aos outros, da esperança que têm e nos fazem sentir.
Não são pessoas perfeitas. Têm os seus defeitos e feitios, mas são verdadeiras e afastaram o egoísmo do seu coração. Não são imunes ao sofrimento, nem estão protegidas contra as adversidades. Têm problemas e, por vezes, passam por grandes tribulações, mas encontram a coragem de as enfrentar e vencer, tornando-as ocasiões de crescimento e de construção de sabedoria.
Não, não são pessoas perfeitas. São pessoas que aprenderam a ser melhores e, por isso, desenvolveram uma sabedoria que as torna em pontos de luz que nos servem de referência e guia nos caminhos da vida.
Post.it: A manhã tem projectos
sábado, 20 de novembro de 2010
Post-it: Namoro luso-brasileiro
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Lembras-me...
Novos dias virão
em que o sol se esconde.
Tudo parece desfeito
e nada aparenta ter sentido.
São dias de mau tempo
no coração e na alma,
dias de lágrimas e dor
que parecem não ter fim.
Mas atrás das nuvens
continua a haver luz e brilho
e amanhã será outro dia.
As nuvens partirão,
o sol voltará a brilhar
e secará as lágrimas.
O sorriso aparecerá
e dirá à dor.
vai, não te quero!
E ela irá
e dará lugar à esperança
que traz consigo a alegria
e a vontade de recomeçar
e acreditar
e lutar
e vencer!
Há dias assim
mas passam
e novos dias virão!
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Post.it: A crise
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Post.it: O que diz o coração?
As lágrimas e o riso
ganham vida
inundam o rosto
preenchem os dias
tomam conta de tudo
querem ser partilhadas.
Partilhar o riso sabe bem,
mas dizer das lágrimas…
Não. É mais fácil escondê-las.
Vislumbram-se na voz e no olhar
mas dificilmente se confiam.
É preciso que as adivinhem
que alguém as pergunte
Rir com um amigo é bom
mas confiar e secar as lágrimas
faz crescer a confiança
aperta os laços da afeição
e torna duradoura a amizade.
Quando se ri
está-se bem com os amigos
Quando se chora
conhecem-se e valorizam-se os Amigos.
.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Palavras e palavras
muito mais do que palavras:
falam
acariciam
confortam
dão alento
iluminam…
Essas palavras
têm de ser dadas
têm de ser ouvidas
não podem ficar caladas!
Outras há que, pelo contrário:
gritam
ofendem
magoam
desanimam
apagam tudo:
a alegria, a vontade,
a esperança e até a amizade.
Bem podiam, essas palavras,
ser pensadas antes de ditas
e, quem sabe, virem mudadas
ou mesmo ficarem caladas!
.
Post.it: Sonhos possíveis
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Post.it: Por vezes basta apenas...
Post.it: Palavras
Há dias em que nos apetece dizer. Dizer coisas belas e profundas, ou tristes e sérias, ou de alento e esperança. Mas não temos palavras, não as encontramos cá dentro ou não as sabemos juntar. Então, descobrimos as palavras de outros que dizem o que as nossas querem contar e não sabem. Por isso, as (re)dizemos e, sabendo que não nos pertencem, fazemo-las nossas :
"De tudo ficaram três coisas:
a certeza de que estamos sempre começando...
a certeza de que é preciso continuar...
a certeza de que seremos interrompidos antes de terminar.
Portanto, devemos fazer:
da interrupção, um caminho novo...
da queda, um passo de dança...
do medo, uma escada...
do sonho, uma ponte...
da procura...um encontro!"
Palavras de: Fernando Pessoa
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Port.it: Só sei que nada sei
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Era uma vez: O calor da bondade
O seu gesto foi apreciado pelo astro rei, que afastou as nuvens e secou a chuva para poder brilhar e, assim, iluminar e aquecer aquele dia em que a bondade encheu o coração de quem a deu e de quem a recebeu.
É assim que o “verão de São Martinho” nos lembra que, além de apreciarmos as deliciosas castanhas, podemos multiplicar, com gestos simples, a atenção e a gentileza para com os outros, em todos os dias e momentos. Uma receita antiga, mas sempre eficaz para se viver com sentido e alegria.
Post.it: Fadas do lar?
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Era uma vez: Para lá do mar
Ele ousara desafiá-lo. Saíra em tarde que prometia tempestade. Dizia que com mau tempo os peixes se deixavam apanhar melhor e partira a sulcar as ondas na traineira com o seu nome – Maria dos Anjos. A tempestade crescera e ele não voltara.
Agora, restava-lhe olhar a água imensa e escutar as ondas. Às vezes parecia-lhe que, na voz do mar, vinha a dele a dizer-lhe o mesmo de sempre: “Não és dos anjos, és minha! És o meu anjo.” Anjos, seria, mas não fora capaz de guardá-lo. Gastara as lágrimas e o tempo à espera de um sinal de vida que nunca chegara. O amor, esse não se gastara, crescera na lembrança e no peito e fizera-se ausência e silêncio, mas nunca solidão. Estava com ele quando se sentava à beira-mar, ouvia-o no rugir das ondas, sentia-o na espuma que lhe beijava os pés e o vento continuava a trazer-lhe a sua voz “meu anjo, meu amor”.
Quem a via sentia pena da rapariga que se tornara mulher à espera do seu amor. Enlouquecera - diziam uns; fugira para dentro dela - achavam outros; ele levara-lhe o coração e a vontade - diziam os mais românticos. Ela deixava que pensassem o que quisessem. Assim, deixavam-na em paz e em silêncio a ver o seu amor bailar no vento e a voz dele a chamar o seu nome.
Um dia seria anjo e voaria para lá do mar, onde ele a esperava.
Post.it: Let it be
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Post.it: Voluntariado
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Post.it: Este pessimismo lusitano
Post.it: Fim-de-semana
Não, não é pelo trabalho que não se tem.
É pelos horários que não têm de ser cumpridos, pelas refeições que se preparam com tempo e se saboreiam em família. Pelos passeios matinais, ou não, que libertam o corpo e a mente e nos fazem recordar caminhos feitos e outros a descobrir.
É pelo encontro que acontece, pelas horas de estar com quem se ama, pelo tempo de receber e dar felicidade e pelo abandono de simplesmente sermos quem somos.
O fim-de-semana é bom, muito bom, mas só quando no primeiro dia da semana temos de nos levantar cedo para trabalhar, para produzir bens ou serviços que ajudam a construir e nos permitem participar e obter o necessário para o “pão-de-cada-dia” – o nosso e o dos nossos. Então sim, o próximo fim-de-semana pode ser esperado e vivido com tranquilidade e alegria.
Mas, para quem perde o emprego, para quem quer e não encontra trabalho, o fim-de-semana tem um sabor diferente. Sabe a insegurança, a intranquilidade e a receio do futuro. Porém, o início de uma nova semana pode ser o recomeçar da esperança – quem sabe se a oportunidade esperada vai surgir e o próximo fim-de-semana poderá ser o tão desejado tempo de repouso e alegria?!
domingo, 7 de novembro de 2010
Post.it: Uma história que merece ser contada
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Um bater de asas
Post.it: Educação sexual nas escolas
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Aos que nunca nos deixam
Post.it: Teoria evolucionista
Post.it: Continuar
Continuar, procurar e arriscar confiar e sentir, apesar das feridas, das mágoas e dos medos, é a única forma de seguir e construir, é a única forma de viver, em vez de ir vivendo.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Post.it: Será cedo?
Recomeçar
é uma promessa de esperança
de outros caminhos a percorrer
com novo sentido e confiança.
Passo a passo se vai longe
procurando a felicidade
que às vezes parece que foge
duma nova oportunidade.
Mas é possível novo encontro
com outro olhar e outro coração
que nos oferecem novo porto
de onde partir noutra direcção.
Poderemos então recomeçar
com mais sentido e emoção
pois outros passos vão caminhar
e outro alguém nos dará a mão.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Como se fosse um perfume
dizem todos com razão.
Quando ele nos enternece,
embalando-nos o coração.
O amor é um doce sorriso,
sorriso que nos desfalece.
Eleva-nos ao paraíso,
depois, quase nos esquece.
Quem ama sempre padece,
calando o seu queixume.
Quando o amor se desvanece,
como se fosse um perfume.
(poema inspirado num de Mário de Sá Carneiro)
Post.it: Presa na rede
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Reencontrar o caminho
mais largo ou mais estreito.
Dessa espécie de quase ninho
que construímos dentro do peito.
Quando nele queremos abrigar
o despontar dum imenso carinho.
Que nos faz cá então encontrar,
a certeza desse nosso destino.
Então o ser vai como fonte,
expandindo o seu sentir.
Estende-se para lá do horizonte
cresce como um rio a fluir.
Que não se inquiete o teu olhar.
Que não se inquiete o teu coração
Quando o caminho te reencontrar,
e te detiver para sempre naquela mão.