Muitos
outros me fazem companhia
Que
na sua conversa banal
Trazem-me
tristeza, dão-me alegria.
A
campainha do painel, impertinente
Num
tilintar que mais parece furioso.
Ou
é a mim que irrita o som insistente
Parece
correr mas é sempre vagaroso.
Não
me chama e eu em espera,
Não
vislumbro o grandioso momento
Em
que hinos de gloriosa quimera
Poem
fim ao meu perpétuo tormento.
Algo
começa a gritar-me aos sentidos
Sai
daqui, porque não te vais embora?
Vou
arranjando uns nãos mal fingidos
Para
combater com firmeza a demora.
Tento,
a tensão não me deixa ler,
Quem
sabe jogar no telemóvel.
Sem
o tempo conseguir vencer,
Torno-me
da sala mais um móvel.
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