Andei
por tantos caminhos na vida. Não sei se os escolhi se fui escolhida por ele.
Não acredito no destino escrito com tinta de sangue e de lágrimas, idealizo que
é desenhado com gargalhadas que fazem eco e chamam para si outras ainda mais
felizes.
Claro
que a felicidade não é eterna, mas o que é a eternidade para nós simples
mortais?
Um
minuto, em que olhamos o mundo e o conseguimos sentir com ternura dentro do
peito?
Uma
hora, em que o olhar é um veleiro de velas estendidas até à linha do horizonte oceânico?
Um
dia, em que sentimos a plenitude a invadir-nos os sentidos como se fossem
primaveras a desabrochar em cada molécula com flores de esperança?
Um
mês, de coisas pequenas que crescem em nós como brisas que trazem cada amanhã
repleto de sonhos que vamos concretizando?
Um
ano, em que o paraíso dos impossíveis nos é possibilitado nos seus momentos
únicos, nossos, tão nossos que quase, mesmo que por vezes apenas quase nos
acontecem e parecem em tudo, perfeitos.
Mas
tudo isto é apenas falar do tempo porque, a felicidade é uma delimitação
imensurável, acontece, simplesmente, sem como, sem quando e, sobretudo, sem
quanto. Faz parte do caminho, nem sempre daquele onde estamos, talvez, quem
sabe do seguinte.
E
depois de tantos passos dados, há tantos ainda que quero dar, não pela busca,
mas por cada encontro, com flores, com pedras, com poças de água, pontes,
montanhas, vales.
Uma
conclusão nos surge cada vez mais clara e reconfortante, apenas desejamos que
todos os caminhos vão dar a uma familiar abraço…
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