O
mar de agosto tem uma cor diferente, nuns sítios mais azul celeste, noutros
mais verde prado. O seu ondular, também ele é diferente, mais harmonioso, mais
doce leito. E o seu murmurar, único, especial,
mais cantante, mais relaxante.
Não
há mar como o de agosto que se estende num abraço pela praia, que lhe acaricia
o areal, que lhe leva presentes; conchinhas, pedrinhas bem redondinhas. E à
noite sob a luz do luar oferece-lhe estrelas que espelha nas suas águas só para
a enfeitar.
Até
as vagas que conduzem os barcos aos cais são menos cavadas, menos apressadas,
há que levar todos ao seu destino, na esperança que regressem com saudade deste
mar, deste amar doce e sereno.
O
mar de agosto é uma festa de sons vibrantes, cores dançantes, os convidados vão
chegando juntando-se à comemoração estival. Já se sente a brisa marítima, já se
ouve o eco das falésias, o rumor amante das dunas, os ramos das árvores na orla
da praia, o tilintar das conchas que vão indo e vindo com o embalo das ondas.
Aqui
e ali, há um salpico de gente, alegre, contente, suspiram como se quisessem
levar nos pulmões esse mar, esse calor, essa paz, essa harmonia, esse mar que
só agosto tem.
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