Quando
dia nos amanhece.
De
repente um trambolhão,
E
ficamos estendidos no chão.
Com
o corpo todo dorido,
Com
o orgulho quase ferido.
Depois
é ver qual o estrago,
Quando
o susto ainda é vago.
Nódoas
negras, quiçá arranhões,
Com
sorte na roupa alguns rasgões.
Talvez
passe só com um beijinho,
Ou
não baste esse gesto de carinho.
Desinfectante
ou até alguns pontos,
Que
nos deixam de dor meio tontos.
Mas
a situação pode ainda ser pior,
E
temos que recorrer ao Sr. Doutor.
Para
engessar-nos a alma magoada,
Cozer-nos
a existência envergonhada.
Sem
desanimar só por um imprevisto,
Quando
viver é um maravilhoso risco.