Que
nos traz Setembro? O começo de férias para uns, a nostalgia das férias passadas
para outros. O regresso ao trabalho (para quem o tem) a espera de uma nova
oportunidade. O cheiro a material escolar novo, a ânsia do reencontro de
colegas de escola, a expectativa de novos rostos que olham os professores numa mútua
descoberta. Um ano inteiro que se abre em portas e janelas. Um ano que no
calendário se aproxima no seu ritmo certo para o final. Que na realidade nunca
é um final, apenas e sempre um novo começo. Novas possibilidades, novas
promessas, umas cumpridas, outras talvez não, fica para o ano...
Mas
ainda estamos neste e não vamos apressar o tempo, nem antecipar o futuro. Vamos
caminhar lado a lado, como se faz com um amigo que nos conta histórias e que
ouve as nossas sem pressa de partir nem de chegar a algum lado. Sem ter outro
lugar pra onde ir, está ali para nós, por nós, nas venturas e desventuras da
vida.
Mas
voltemos a Setembro que já estende a mão incentivando-nos a segui-lo na marcha
dos dias, por entre o sol e a chuva.
Que
sei do que se avizinha? Talvez os compromissos, as celebrações, coisa de
agenda, coisas do coração, mas de tudo o resto que compõe a marcha das horas,
que nos preenche os dias…
“Apenas
sei das auroras/ e das sombras do luar/ do rodar das noras/ e das ondas do mar./
Apenas sei das ruas/ e das noites quentes./ De tantas mãos nuas/De amores ausentes.”
De tudo o resto sei pouco, muito pouco. O que
desejo? Que cada dia acorde feliz e adormeça concretizado.
Uns dirão que Setembro é apenas um mês no
ano, mas ele é muito mais do que isso, é um mês repleto de coisas por realizar.
É um dever torna-lo um pouco nosso, um pouco
de nós na vontade de que seja vivido com muitos e bons momentos. Um mês que
certamente ficará no passado, mas se ficar igualmente no futuro que seja por
guardar boas memórias. Por tudo o que de bom nos deu, por tudo o que de bem lhe
demos, nem que seja: um sorriso, um incentivo, uma presença, uma esperança, um
estar aqui de alma e coração, para um amigo, um irmão, para “ninguém” que em
algum momento se tornou para nós em alguém.
Que nos exista uma felicidade em Setembro que
se estenda aos próximos meses e porque não a todos os seguintes anos…
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