Insisto
em prosseguir nesta viagem, descobri-la, construí-la com materiais que vamos
ganhando, que vamos conquistando. Construí-la com o cerne do que somos e aí nos
revelarmos corajosos prosseguidores, navegadores por entre vendavais;
escultores de caminhos que adquirem o rosto do tempo.
Por
vezes desenhando sorrisos que nos elevam e então, ganhamos asas e o caminho
torna-se mais fácil, mais leve.
Uma
viagem que nos leva longe, mesmo quando não saímos do local que nos viu nascer.
Uma viagem que nos revela todos aqueles que estão próximos e todos os que se
aproximam, que chegam e nos dão
testemunhos de um amor que se sobrepôs a tudo até à dor.
E
nessa herança de experiências que partilham, dizem com ênfase de milenar
sabedoria…
“É
preciso insistir”, para não ceder à
vontade de desistir, de parar, de voltar para trás, e permanecer no velho e conhecido conforto.
É
preciso insistir porque há mares à espera de navios, há margens à espera de
pontes, há desertos à espera de fontes. Nós temos tudo isso no peito, nos rios
de vida que nos correm dentro das veias e nos fazem hastear velas de esperança
aos ventos de nortada. Mas se o vento nos encaminhar para o abismo, para desnorte,
vamos contrariar-lhe a direção e tomar firme nas mãos os remos de um novo rumo.
Porque até a sorte se faz, no amassar dos dias, no levedar das noites, em
fornos de alento. Pode ser duro o momento, mas dele sairá a mais prazerosa
sensação de vitória.
Penso
e porque penso sei…
Não
tudo, apenas um pequeno nada, suficiente para que insista e tarde ou nunca
desista.
Penso,
logo insisto que apenas existo para ser feliz…
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