Quando pela primeira vez soletrei,
a-mo-te, a ortografia respeitei
a-mo-te, a ortografia respeitei
na mais eufórica alegria
de quem só amar concebia.
Mas o tempo foi passando
Ou o amor talvez mudando
por isso separei-te de mim
amo tracinho te bem no fim.
por isso separei-te de mim
amo tracinho te bem no fim.
Mais tarde pedi timidamente
até soletrei melancolicamente
a-ma-me…
como quem diz, chama-me.
Mas disseste-o pela última vez
senti que algo me desfez
e mesmo com um amo tracinho te
num quase silêncio partiste
Voltarias? prometeste que sim,
era um tempo e não um fim.
Eu separada de ti por um mar,
continuava sempre a soletrar.
Acenei-te, gritei-te de longe - Amasme?
Numa só palavra gritada ao vento.
Numa só palavra gritada ao vento.
Tu à distância, eu em tormento,
- claro que te amo,
te amo, te amo.
Ouvia num eco que a onda trazia,
te amo, te amo.
Ouvia num eco que a onda trazia,
ortografia de longínqua maresia.
Foi luta de mares e continentes viajantes,
numa geografia e gramática errantes.
Eis-me enfim sem barco nem vontade.
Sonhando só com a liberdade,
De reencontrar o amor e depois,
o soletrar continuamente a dois.
Os teus poemas, uns mais melancólicos outros mais divertidos, sempre muito bonitos. Bjs A.
ResponderEliminarGostei. O amor pode ser dito de muitas formas, quando for necessário soletrando. Beijocas
ResponderEliminarOlá, tens um jeito especial de escrever, tanto em poesia como em prosa, gosto de ler o que escreves, continua. Bj Luís
ResponderEliminarOlá, que poesia bonita. O amor numa das suas formas, soletrando,ou em silêncio, de preferência a dois. Bjs Amália
ResponderEliminarAchei o teu poema muito giro, divertido e melancólico, mas sobretudo bonito. Bjs C
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