Lá fora a chuva cai
num bate-bate constante.
Diz que é seu este tempo
e tão depressa não se vai.
Gosta de pingar mansamente
molhando campos e prados
mas também de cair com força
a ecoar nas janelas e telhados.
Diverte-se a ver quem passa
e desafia o vento a soprar, soprar
para virar guarda-chuvas e chapéus,
só para ela, marota, poder molhar.
Ri-se em suaves pingas
num cair certo e miudinho
ou em sonantes gargalhadas
de aguaceiros e enxurradas
Chega sempre no Outono,
traz consigo o frio cortante
e espera que venha o Natal,
para se tornar neve brilhante.
Dá as boas-vindas à Primavera,
e rega-lhe as primeiras flores.
Mas parte sempre antes do Verão,
tem medo de secar com o calor.
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