Quando
o meu nome for saudade,
Vaguear
no mar da lembrança,
Que
já foi grande e se torna criança.
Quando
o meu nome quase calado,
Se
tornar caminho abandonado,
Como
primavera nascida sem flor,
Como
coração que bate sem amor.
O
ar que dado em breve suspiro,
No
sonhar que já não inspiro,
E
lá segue amena a madrugada,
Indiferente
à noite tão cansada.
De
me lembrar que é na vida,
Que
se constrói a despedida.
De
aprender que a felicidade,
Começa
num acto de liberdade.
Percebo
então o que deixei partir,
Sem
para esse destino sorrir.
Só
vemos a luz quando escurece,
Só
sentimos o dia quando adormece.
A
falta do sol vem quando o frio,
Nos
enche de um inverno vazio.
E
até mesmo do íngreme caminho,
Se
sente falta quando se está sozinho.
Se
há um momento, uma hora,
Que
seja neste instante, agora.
Que
ainda não somos lembrança,
Que ainda
somos esperança.