Ai se a gota de água,
Que se solta
do teu olhar.
Fosse a voz
da calada mágoa,
Que cai no
chão sem confessar.
De onde tão
longe que veio,
Por que
destino já andou.
Se era
triste, se era feio,
O caminho que
palmilhou.
Como pode a
dor tão escura,
Como pode tão
intimo sofrer.
Produzir com
tamanha ternura,
Uma gota de
água a resplandecer.
Como se fosse
o sangue da alma,
Como se fosse
pesada lembrança.
Que nos cura,
que nos acalma,
E dá lugar a
renovada esperança.
Seca-se a
lágrima, não a dor,
Dizes num fio
de voz.
Jardim de
furtada flor,
E todas as
outras ficam mais sós.
Era uma
lágrima, uma lágrima sem valor,
Diz quem
passa sem se deter.
Que sabem!
Que sabem de mim?
Pergunta a
gota transparente.
Sabem se sou
o principio, se sou o fim,
De quem me
recusa e recusando mente.
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