Cresce a sociedade do
cansaço, torna-se uma segunda epidemia, uma expressão carregada de medo, de
revolta, que rompe o silêncio como um vulcão em erupção.
Cansaço deste vírus que
não vemos, mas que sentimos o seu domínio, cansaço do uso de máscara que nos
rouba a frescura do ar e a beleza dos sorrisos.
Cansaço das filas nas lojas,
das restrições, de estar só em isolamento de afetos.
Cansados do trabalho não valorizado,
das crianças impedidas de brincar com outras crianças, um cansaço existencial,
desanimado, aborrecido, resignado.
É urgente tirar férias, do vírus, do
trabalho, da casa, dos medos.
É tempo de ‘perder tempo’ para recuperar energias.
É preciso descansar do nosso cansaço, encontrar a paz interior, a calma, a
alma. Encontrarmo-nos connosco e reencontrar os outros em nós, mesmo quando estamos
sós.
O descanso é um direito e uma necessidade, após tantos meses de pandemia,
cada um de nós sente-se cansado pela incerteza e imprevisibilidade .
A alteração das rotinas, do trabalho,
o isolamento físico e social, as perdas, os lutos, a doença e as suas sequelas.
Descansar torna-se primordial, uma necessidade de fuga, de libertação, de
encontro consigo e com os outros.
Para relaxar, para respirar fundo, para
mergulhar nas ondas do mar, da piscina ou simplesmente num banho de espuma.
Vamos viver as nossas férias em busca de paz, harmonia e equilíbrio. Vamos
sentir as nossas férias na pele, no ar que respiramos.
Vamos para férias, não
precisa de ser para um resort de luxo, mas que seja num espaço mental e que o nosso
tempo seja de descanso físico e emocional. Que as férias sejam um tempo um
reencontro com a nossa essência de fé, de esperança e de amor.
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