Era
uma vez um pinheirinho que vivia no meio da floresta, rodeada pela sua família
e muitos amigos. Todos os anos por altura do Natal vinham pessoas de todos os
lados e escolhiam os mais belos para levar consigo. Mas o pinheirinho lá
ficava, nunca ninguém o escolhia. O pinheirinho ia ficando vez mais triste,
perguntava aos outros pinheiros a razão de nunca ser escolhido mas ninguém lhe
sabia responder, então convenceu-se que devia ser um pinheirinho feio e
desenxavido de quem ninguém gostava.
Entretanto,
mais um Natal se passou, veio o seguinte e o pinheirinho continuava na mesma
floresta rodeado que amigos que partiam e de outros que chegavam.
Durante
esse tempo questionava-se para onde iriam os seus amigos e familiares, todos
lhe respondiam que iam para uma festa linda, ficavam em casas enfeitadas e que
lhes colocavam bolas e luzes coloridas, por vezes ficavam rodeados de prendas
que as pessoas abriam com espanto e alegria. Contavam-lhe também que numa noite
especial todos se reuniam com familiares, cantavam canções a um menino a quem
chamavam Salvador do mundo, que era uma criança muito amada e que amava todos
os que festejavam o seu nascimento. Na manhã seguinte a festa continuava e as
prendas que não tinham sido abertas na noite anterior eram agora distribuídas
pelas crianças que vinham ainda em pijama procurar a oferta que o Pai Natal
lhes trouxera pela chaminé.
– Pai Natal? Questiona o pinheirinho, - Mas
não era o Menino Jesus? E os amigos respondem-lhe, - Cada lar, cada família tem
a sua tradição, há quem celebre o nascimento de Jesus, mas também escrevem ao
Pai Natal para que lhes traga uma prenda especial. No fundo, o que importa é o espírito que envolve cada pessoa. No Natal todos se sentem mais generosos,
todos sentem saudades dos que não tiveram tempo de abraçar durante o ano
inteiro. No Natal todos se sentem unidos, trocam-se as mágoas por sorrisos e as
ausências por beijos e abraços.
Perante
esta história, o pinheirinho ficou ainda com mais vontade de vir a ser
escolhido, de ser enfeitado e fazer parte da festa natalícia. E nesse ano uma
família escolheu finalmente o pinheirinho. Arrancou-o com cuidado sem ferir as
raízes.
– Vamos levar este pinheirinho, é pequenino
mas lindo, depois do Natal voltamos a planta-lo para que continue a crescer.
E
foi assim que nesse ano e nos seguintes o pinheirinho esteve numa casa, foi a
alegria de uma família, enfeitado, cheio de luz, sentia-se feliz como nunca
pensara vir a ser.
Os
anos passaram e o pinheirinho cresceu, mas cresceu tanto, que já não cabia em
nenhuma casa, então foi convidado para ser o pinheiro de Natal dessa cidade, ai
foi colocado, enfeitado e cheio de luzes, todas as pessoas chegavam para o
verem. Em 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 e o pinheirinho, agora uma linda e
frondosa árvore acendeu as suas milhares de luzes para dar as Boas Vindas ao Natal
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