Depois
do dia de Natal, há um outro Natal que ainda sentimos em nós. Depois do dia de
natal há um cansaço que nos deixa felizes e, tudo começa devagar, desobedecendo
ao ritmo do relógio. Olhamos em redor, as luzes da árvore de Natal continuam a
cintilar, as figuras do Presépio continuam a sorrir-nos, a casa cheira doces.
Sentamo-nos no sofá, o olhar ainda não está refeito de tanto que viu, o rosto
ainda guarda os sorrisos do dia anterior, então, sem pressa, começamos a
desembrulhar as lembranças, não aquelas que vêm cobertas de papel colorido mas
as que nos chegam através de cada pessoas que se cruza connosco, que nos
estende um abraço, que se senta ao nosso lado, que partilha memórias,
vivências, como correu o ano desde o Natal anterior. As novidades, os sucessos,
as mágoas, os nascimentos, as partidas, as vidas de cada um que tocam a nossa
com maior ou menor profundidade.
Essa
troca de sentimentos, essa partilha de momentos, os risos, os silêncios, de
tudo isso é feita a festa e, o Menino Jesus, na manjedoura deitado, assiste a
tudo, não como quem pede atenção sobre si, mas como quem nos incita a continuar
a celebração, orgulhoso com o sucesso de uns, solidário com o fracasso de
outros, num incentivo de esperança para que prossigamos Para que a cada momento
renasça em nós a força que nos é coragem. Porque como li uma vez, “coragem não é ter força para prosseguir, mas
o prosseguir mesmo quando nos falta a força”. Que o Natal enquanto sentimento
de confiança, fé, ânimo, expectativa e alegria, continue sempre presente em
nós.
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