É o que nos fica no olhar,
o que guardamos no coração.
Tanto azul de céu e mar,
tanta paz na suave ondulação.
Momentos, tantos, sempre poucos,
que nos são energia e lembrança,
sadios e um pouco loucos,
um quase voltar a ser criança.
A delicia do quase silêncio,
A alegria do despertador calado.
O deleite de um tempo vazio,
De não ter de ir a nenhum lado.
Aquela gaivota rasgando o céu,
O seu voo debicando nas ondas.
Quando parece que se perdeu,
Regressa e se aninha nas dunas.
As cores, os risos, o sol e a brisa,
As peles nuas, os pés descalços.
As nuances de uma história concisa,
Que se faz de tudo, até percalços.
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