Parar
o “mundo” o nosso mundo, cheio de rotinas, de hábitos, dos nossos usos e
costumes.
Poderiam
ser férias, se fosse essa a razão, partir à aventura, despirmos-nos de nós prisioneiros do que
somos durante o ano inteiro, mas não, não são propriamente férias, é uma
pausa, algo que fazemos não para “fugir”
de nós mas para nos encontrarmos connosco. Para ouvir o pensamento, para
sentir o coração, para olhar com olhos límpidos sem obrigações.
De
vez em quando temos de fazer uma pausa para contemplar sem a pressa de cada
dia. É um intervalo de sossego, de serenidade.
Precisamos
de sentir uma pausa, esse silêncio entre as palavras, a suspensão do movimento,
a interrupção momentânea de toda a acção.
Pausa,
um instante em que nos é permitido vaguear, quase sonhar, quase sair da
realidade e ser o sonho. Pode ser apenas para tomar um café, para fazer uma
cirurgia, para mudar, melhorar ou para voltar a ser quem sempre fomos, com a
tranquilidade e a expectativa do momento seguinte, o voltar, o acordar.
Seja
qual for a razão dessa pausa, na verdade uma pausa não precisa de qualquer
razão para o ser.
E
eu silenciosamente vou deixa-la habitar em mim sem lhe perturbar a paz.