que ainda
não se despediu da esperança
e que em nós se aconchega,
como
se lhe fossemos caloroso um ninho.
O que
seriamos sem a saudade?
O que
seriamos sem a lembrança?
Sobretudo
o que seriamos sem a esperança?
Nada
mais do que um barco à deriva
num
oceano sem terra vislumbrar.
Nada
mais do que passos perdidos
numa estrada ainda por desenhar.
Nada
mais que o eterno silêncio
repleto
de todos os ecos por inventar.
Saudade,
nunca nos abandones,
só tu
nos deixas inteiros, de passados
que nos são o destino de cada amanhã.
Lembrança,
que nos conta quem somos.
Esperança,
que é caminho por onde vamos.
E nas
asas de cada ano que nos foge
para regressar ao seu infinito,
eis o futuro que nos é quase vida.
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