Como
a lua me magoa,
Gaivota
que tanto voa,
Sem
pousar o coração.
Nem
o sol seu companheiro,
Entende
os suspiros do luar.
Que
deixam o céu inteiro,
Sem o reflexo de estrelas no mar.
Nem
o vento que a embala,
Entende
o meu murmuro.
A
estranha dor que cala,
No
lado que tem mais escuro.
Nem
a flor que exala perfume,
Nem
a nuvem com o seu abraço,
Conseguem
afastar o queixume,
Que
vem do mais alto espaço,
Como
eu consigo entender,
O
que a lua só a mim revela.
A
vontade de um dia ser,
O
mais ágil barco à vela.
Para
cruzar o extenso mar,
Para
atravessar o universo.
E
então mergulhar no olhar,
Que
descreve em cada verso.