"Ao renunciarmos aos velhos padrões de comportamento, aquele espaço é preenchido naturalmente por algo novo, e a nossa vida torna-se especial"
Somos
o que somos, o que vamos sendo. Somos o que nos fizeram e o que nós fizemos com
o que nos fizeram. E cada lugar do que somos fica preenchido com estes pequenos nadas. O lugar das alegrias que podiam ser mais, porque todas elas, nunca são suficientes.
O lugar das tristezas, mesmo que sejam poucas, são sempre demais. O lugar dos sonhos que está sempre em crescimento. O lugar da razão sempre a tentar equilibrar-se com o do coração. O lugar das mágoas, feridas, dores, desgostos, rancores, ressentimentos, ódios, animosidades, cresce, diminui, vai andando ao
sabor dos dias, meses, anos. Vai-se acumulando desde o passado, marcando o presente e norteando o
futuro.
Lugares,
uns mais preenchidos que outros, uns mais pesados que outros, uns mais
luminosos que outros.
Somos
o que somos, mas se quisermos, também podemos ser o que desejamos, podemos
limpar certos lugares, aqueles que nos impedem de seguir em frente, que nos
escurecem o olhar, que nos roubam os
sorrisos, que nos tornam ilhas.
Chega
de culpar tudo e todos. Com culpas nada fazemos, precisamos de soluções,
caminhos. Precisamos de deitar fora o supérfluo, o desnecessário, tudo o que
nos pesa na alma, o que nos sufoca no peito, que nos impede de sonhar, de
ganhar asas de esperança e de voar. O que nos impede de ser o que realmente
somos. Pessoas livres e leves, com imenso espaço para nos reconstituirmos, para
nos descobrirmos capazes de nos fazermos melhores seres.
Não
nos devemos contentar com o que somos, não devemos acomodar-nos ao peso do nosso
“fardo” quando há tantas coisas melhores para transportar: sorrisos do sol,
abraços do luar, embalos do mar e amigos que nos fazem acreditar que a vida é
realmente um lugar especial.
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