Palavra pequenina, a traduzir desejo grande:
. querer fazer bem feito
. aperfeiçoar-se, para evoluir, para fazer melhor!
Palavra pequenina para tão grande vontade!
Sinto falta deste brio em quase tudo:
. Nos bens e serviços, em que cada vez mais tudo é feito a
despachar, com preocupação de aparência, mas tantas vezes sem inteligência
funcional e com uma durabilidade só “até que me paguem”.
. Na vida profissional em que cada um vai fazendo o suficiente,
porque “não me pagam para mais”, em que o “mais” significa empenho, vontade,
compromisso de merecer o salário e de contribuir para a sustentabilidade do seu
emprego.
. Na família e nas relações, em que cada um se vai mantendo acomodado
à sua preguiça e escudado na sua maneira de ser, sem a generosidade de colaborar
e de aplanar caminho até aos outros.
. No plano político, em que cada partido, cada deputado,
secretário ou ministro gasta mais tempo a promover a sua cor partidária ou a
sua imagem e a garantir o seu futuro do que a procurar soluções e formas de
valorizar os recursos naturais e humanos do país.
E, assim, a falta de brio pessoal e profissional passa a
falta de consciência, a negligência, a logro, a roubo e…, evidenciando o nível
de egoísmo em que as pessoas e a sociedade caíram.
Chamam-lhe direito ao individualismo, direito a ser quem é,
direito a ter o que se deseja, direito a …
Talvez seja antiquada, de um tempo em que, a cada direito, correspondia um dever e em que o individualismo era considerado defeito.
Talvez seja antiquada, de um tempo em que ainda se acreditava que as relações, a família e a sociedade se baseiam mais no dar do que no receber.
Talvez seja antiquada, de um tempo em que se dizia que só a contribuição briosa de todos pode garantir o bem-estar presente e a sustentabilidade do futuro.
Afinal, concluo: ter brio é querer fazer bem, mas leva-nos muito mais
longe – torna-nos capazes de construir pontes, de aplanar caminhos e de criar bases sólidas para a durabilidade dos bens, das relações, das famílias, das empresas e do país.Talvez seja antiquada, de um tempo em que ainda se acreditava que as relações, a família e a sociedade se baseiam mais no dar do que no receber.
Talvez seja antiquada, de um tempo em que se dizia que só a contribuição briosa de todos pode garantir o bem-estar presente e a sustentabilidade do futuro.