Escrevo, enquanto procuro no horizonte da minha existência algo que preencha a maresia divagante dos sentidos. Escrevo em busca duma âncora, que me faça permanecer neste porto sem demandar para outros mares.
Escrevo para que as palavras ganhem asas e voem na direção de um sonho que se sonha com o coração acordado.
Escrevo para ser uma árvore que estende nas entranhas da terra raízes capazes de suplantar as intempéries da vida. Escrevo para construir degraus, que me levem ao topo do meu pequeno universo, onde basta estender a mão para tocar numa estrela.
Escrevo em busca de uma praia deserta de mágoas. Uma praia banhada de águas que são lágrimas de gente feliz. Escrevo para que a brisa que passa, não despenteie a crista das ondas, e apenas lhe desenhe beijos que se estendem no areal.
Escrevo para que os castelos de areia não sejam nunca desfeitos nem esquecidos. Para que as bolas de sabão sejam mais do que a transparência efémera de uma beleza que não perdura. Escrevo para abrir portas por onde possa entrar. Janelas por onde possa espreitar. Escrevo para que um dia, quem sabe, sente-me a teu lado, mergulhe no teu olhar e acredite que escrevo, somente, para ficar...
Depois de um lindo poema, uma prosa muito poética. Finalmente ficamos a saber porque escreves. Porque tens uma inspiração que te vem duma alma generosa e sensível.
ResponderEliminarEspero que fique. Desejo que fique. Que encontre motivos para escrever e sempre dessa forma tão iluminada por uma mensagem de esperança e lembrança. Nunca esquecerei os “Castelos de areia” Nem o mar mais tempestuoso os levará do meu coração. Um grande beijo, Adelaide.
ResponderEliminarEscreve por tudo isso e porque já não prescindo do que escreves para alegrar os meus dias.
ResponderEliminarLi este texto num suspiro. Soltou-se-me do peito e fiquei a pensar, é tão bonito escrever assim, sentir assim. Tão ternamente. Que inveja tenho dos teus pensamentos. Que (ciúmes) tenho dos teus sentimentos. Filomena
ResponderEliminarEste post.it é daqueles que têm que voar… Vou dar-lhe asas no meu facebook.
ResponderEliminarEescreves como ninguém...
ResponderEliminarGostei deste posto, do princípio ao final. Senti-me a navegar nele, senti a brisa que teimava em despentear a crista das ondas e quase que fiquei a sonhar de coração acordado, até ao momento em que os dever me chamou. Amália
ResponderEliminarQuando penso que já não podes escrever melhor do que já escreveste. Publicas este momento de encanto e fico sem palavras. Apenas um pedido, fica…
ResponderEliminarA sua escrita deu novo sentido aos castelos de areia, estendeu raízes de perpetuidade, e as bolas de sabão permitiram mostrar na sua transparência a beleza que não é efémera de alguém que nos brinda com estes mimos literários. Um abraço, Antero
ResponderEliminarSó tu consegues dar aos elementos da natureza outra leitura e visibilidade. Quase que consegui ver aquela brisa a despentear a crista das ondas. Quase que senti a força lutadora dessas raízes de árvore que aparentemente frágil chega mais longe e nos toca. Lindo, minha amiga. Beijocas, C.
ResponderEliminarEste texto é tão visual que olhei para a janela e quase que te vi a espreitar por ela. Apeteceu-me correr para a porta para que entrasses, porque tu sabes que podes sempre ficar aqui. Bjs. A.
ResponderEliminarSe encontrares essa praia deserta de mágoas, dá-me a direção, porque vou logo para lá, levo o pc e fico a ler os teus post.its. Alberto F.
ResponderEliminarMenina, que poema lindo, mesmo escrito em prosa. É um quadro, pintado por um pintor do romantismo. Cheio de cor, de luz, de sensações. Nunca deixe de procurar esse lugar especial para ficar. E seja feliz nesse cais onde deixe ficar sua ancora. Beijão, Marina
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