Onde andas andorinha, que a minha vista não te alcança? Será que não queres regressar e trazer-me o teu cantar de primavera? Talvez sintas que o inverno ainda me habita no peito, ausente de cor, ausente de qualquer flor.
Não sabes, andorinha, como preciso das tuas asas, para o meu alento transportar. Já pedi boleia ao vento, mas ele cansou-se do meu penar. Não sabes andorinha como preciso da ternura das tuas penas, para das minhas me olvidar.
Se soubesses, andorinha, como o céu sem ti fica vazio, falta-lhe a alegria que desenhas no ar. Se soubesses, andorinha, como choram os pardais nos umbrais das janelas, uma saudade que é tão grande, tão grande como a minha.
Até os rios, quase secos de tanto te chamar, desenham novos caminhos, para em vão te perscrutar. E o sol que lá no alto tudo vê, perante este quadro de tristeza, combina com a lua para a noite retardar, quem sabe assim encontres o rumo para a mim retornares.
As flores agitam-se como campainhas a tinir o teu nome, até as papoilas já chegaram e, tentam emergir como faróis por entre as outras para te mostrar a direção a seguir.
Não sabes, andorinha, como preciso das tuas asas, para o meu alento transportar. Já pedi boleia ao vento, mas ele cansou-se do meu penar. Não sabes andorinha como preciso da ternura das tuas penas, para das minhas me olvidar.
Se soubesses, andorinha, como o céu sem ti fica vazio, falta-lhe a alegria que desenhas no ar. Se soubesses, andorinha, como choram os pardais nos umbrais das janelas, uma saudade que é tão grande, tão grande como a minha.
Até os rios, quase secos de tanto te chamar, desenham novos caminhos, para em vão te perscrutar. E o sol que lá no alto tudo vê, perante este quadro de tristeza, combina com a lua para a noite retardar, quem sabe assim encontres o rumo para a mim retornares.
As flores agitam-se como campainhas a tinir o teu nome, até as papoilas já chegaram e, tentam emergir como faróis por entre as outras para te mostrar a direção a seguir.
As gaivotas juntam-se em bandos, na missão de te procurar. Os ninhos vazios nas casas caiadas, são lares sem sonhos, nas noites frias e desoladas.
O calendário marca o teu regresso, mas tu não vens para nos trazer no teu rasto, asas de primavera que tecem um novo verão.
O calendário marca o teu regresso, mas tu não vens para nos trazer no teu rasto, asas de primavera que tecem um novo verão.
E eu que te espero, eu que te procuro, perco-me no horizonte sem te encontrar no meu olhar.
A Primavera, tem o condão de mexer com as nossas emoções e muito com as nossas hormonas. É o tempo privilegiado para o acasalamento. Os corações ficam saltitantes de esperança. Quanto às andorinhas, é agradável ver o seu voar cheio de alegria, espero como tu, que regressem, para encher de sonhos, o teu e se não te importas de partilhar, os nossos olhares. Sandra B.
ResponderEliminarTão bonita esta Primavera, quase parecia um quadro onde estão todos os elementos da natureza. Faltam as andorinhas, mas tenho a certeza que vão chegar, estão apenas um pouco atrasadas. Amália
ResponderEliminarComo sempre consegues visualizar tudo o que descreves e por um momento, quase vi num recanto do olho uma andorinha a espreitar. Beijinhos, Filomena
ResponderEliminarSou como tu, primaveril. Adoro esta estação tão colorida e com sabor a renascimento. Adorei. Espero que as andorinhas regressem, sobretudo ao teu olhar sempre tão esvoaçante. Beijocas, C.
ResponderEliminarToda a Primavera espera e chama pelas andorinhas. Encantador este grito da natureza, um grito também (seu), também nosso. Um grande abraço, Antero
ResponderEliminarO meu fascínio pelas andorinhas é tão grande que fico sempre maravilhada quando elas extasiam o nosso olhar com os seus voo e chilreio. Alberto F.
ResponderEliminarUma boa entrada no fim-de-semana com esta andorinha ausente, com a certeza que ela vai chegar, nem que seja no teu olhar.
ResponderEliminarDoce amiga, compreendo a tua espera, também adoro as andorinhas. Não é Primavera sem papoilas (que chegaram) e sem andorinhas.
ResponderEliminarAs andorinhas que por cá anunciam a Primavera e são prenúncio, apenas, de boas novas. Alêm disso gostei muito deste texto primaveril. José
ResponderEliminar