Em cada Primavera,
Que murchou de solidão.
Em cada Verão,
Que não me aqueceu o coração.
Em cada Outono,
Que no silêncio caiu.
Em cada inverno,
Que só o vento se ouviu.
Esperei por ti,
Com a chuva no olhar,
E uma tão vaga esperança,
Que te fez em mim ficar,
Terna e definitiva lembrança.
Essa gota que fechei na mão,
Triste desencontro da felicidade.
Não a quero reter no coração,
Deixo que voe com a saudade.
Uma poesia tristemente bela, bem de acordo com o quadro do dia, cinzento mas com o sol a tentar espreitar. Leonor
ResponderEliminarOlá, adorei a tua poesia. Alberto F.
ResponderEliminarUma espera que acaba por se transformar em saudade. Acontece muitas vezes, este sentimento de que tudo foi em vão. Esta divisão entre a espera e a esperança. O desejável é que fique uma doce lembrança, e que ganhe asas para um lugar cada vez mais distante. Sandra B.
ResponderEliminarUm poema que fala de espera, mas também de esperança, que a espera termine. Quem sabe, quantas estações ainda teremos de passar sem essa felicidade encontrar, mas um dia ela vai bater à porta. Beijocas, C.
ResponderEliminarSenti este passar das estações, numa espera infinita, duma chuva no olhar que acabou por secar e já imagino o sorriso a renascer. Um grande beijo. Adelaide
ResponderEliminarGosto de começar a semana com poesias relaxantes. A tua é linda. Obrigada Amália
ResponderEliminarÉ sempre bom começar assim, com esta cadência poética. Beijos
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