Ecos que se vão perdendo nas brisas marinhas, de tão longínquas vão ficando que já quase não as consigo ouvir. Por vezes ainda tenho a sensação de que escuto gargalhadas que se entrelaçam umas com as outras.
Outras vezes, quase que jurava que tinha ouvido o choro de alguém que se refugiou por detrás de uma rocha procurando a solidão para esconder a sua dor.
Nos passos que caminham a par escuto múrmuros de palavras que se soltam apaixonadas. Nos que caminham sozinhos mas firmes, escuto-lhes os sonhos, os projectos, acreditam que vão concretiza-los, vão à luta, não desistem, olham o mar e acreditam que na sua infinitude não há limites para o que podem conquistar no futuro.
Os ecos nunca se calam, chegam a cada um de nós, que os escutamos e
levamos mais longe, que os tomamos por uma voz interior que nos ensina, que nos
aconselha, que nos encoraja. São os ecos dos nossos avós, pais, amigos… São
ecos da vida que o mar difunde, que as rochas reflectem, que o vento transporta,
que o caminho prolonga em nós.
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