O que me lembro, não sei,
Sinto que no seu olhar, viajei,
Por montes, vales, histórias,
tantas, todas, boas memórias.
A voz, qual balada embaladora,
Era de toda a dor conciliadora.
Não era o que por vezes dizia,
Era sobretudo, como o fazia.
Os gestos, asas a pairar
Raios de sol em tons de luar.
Á sua volta tudo era mar,
Mas de um suave navegar.
Mas de tudo a maior recordação,
Foi o silêncio que vem do coração.
Quando um dia timidamente sorriste
Vi que no olhar havia um mundo triste.
Sem comentários:
Enviar um comentário