Pós-de-bem-querer para partilhar/oferecer: Pensamentos, histórias, aprendizagens.Tudo o que acontece quando se vive e se ama a vida!...
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Post.it: Fazes-me falta
Fazes-me
falta, o Teu calor quando me estás no coração. O Teu sorriso quando me dás
pensamentos de alegria. O teu amor quando me sinto reconfortada. A Tua mensagem
de esperança que me faz acreditar que o dia de amanhã será melhor.
Fazes-me
falta para que a solidão seja afastada
pela Tua companhia. Que o silêncio se preencha pela Tua voz em mim. Que a Tua
presença se manifeste nas pequenas e nas grandes coisas, nos gestos de
conhecidos e de anónimos.
Fazes-me
falta para Te encontrar em cada rosto triste que perdeu a tua luz. Em cada
passo lento que se perdeu do Teu caminho.
Em
cada mão vazia que já não se estende para o outro num gesto de quem dá ou pede
ajuda.
Fazes-me
falta para preencher este vazio de sonhos, este frio sem ânimo, esta paisagem a
que o fogo roubou o verde, estes rios que sem chuva se tornaram riachos.
Fazes-me falta, acredito que fazes falta a muitas pessoa que perderam familiares, amigos, casas, que
perderam tudo ou quase tudo que era a sua existência. Aos que sem tecto e sem
afecto dormem nas ruas, aos que sofrem nos hospitais, aos que sofrem nos seus
lares. Fazes-lhes falta, muita falta, para sentirem que a vida ainda tem
sentido, que a felicidade mesmo que tarde, um dia vem.
Fazes-nos
falta, hoje, sempre, vem, estamos à Tua espera neste Natal para festejar a Tua chegada a cada um de nós.
segunda-feira, 18 de dezembro de 2017
sexta-feira, 15 de dezembro de 2017
Trazia no olhar mundos tristes
O que me lembro, não sei,
Sinto que no seu olhar, viajei,
Por montes, vales, histórias,
tantas, todas, boas memórias.
A voz, qual balada embaladora,
Era de toda a dor conciliadora.
Não era o que por vezes dizia,
Era sobretudo, como o fazia.
Os gestos, asas a pairar
Raios de sol em tons de luar.
Á sua volta tudo era mar,
Mas de um suave navegar.
Mas de tudo a maior recordação,
Foi o silêncio que vem do coração.
Quando um dia timidamente sorriste
Vi que no olhar havia um mundo triste.
Sinto que no seu olhar, viajei,
Por montes, vales, histórias,
tantas, todas, boas memórias.
A voz, qual balada embaladora,
Era de toda a dor conciliadora.
Não era o que por vezes dizia,
Era sobretudo, como o fazia.
Os gestos, asas a pairar
Raios de sol em tons de luar.
Á sua volta tudo era mar,
Mas de um suave navegar.
Mas de tudo a maior recordação,
Foi o silêncio que vem do coração.
Quando um dia timidamente sorriste
Vi que no olhar havia um mundo triste.
segunda-feira, 11 de dezembro de 2017
Post.it: Um bocejo
Devem achar-me um bocejo, sinto-me por
vezes realmente um bocejo no olhar dos outros. Imagino quantos bocejos dará
quem me lê e se tiver coragem, quem me relê, porque é verdade há quem me
relei-a.
Ouço os meus amigos a falar de
política e o meu pensamento voa pela copa das árvores, ou por voos rasantes
sobre o mar desafiando a crista das ondas. Mergulho de tal maneira nesta
espécie de fantasia que por vezes até dou por mim a sorrir, o sorriso de quem
não está presente nas discussões sobre o aumento dos impostos, sobre as guerras
nacionais e internacionais. Sobre as privatizações empresariais, os créditos
malparados, etc, etc, e muitos etc. mais. Sou completamente desligada, não por
falta de interesse, não é que não me importe, que não me doa quando mão alheia
me entra no bolso e “rouba” sem prévio aviso o parco pé-de-meia que vou
guardando para velhice. Quem não teme pelas consequências normalmente funestas
de uns e de outros e que de um momento
para o outro podem virar as nossas vidas do avesso. A verdade é que vivo no
aqui e agora, ainda que aparentemente fantasioso, fico cada vez mais distante
do passado, cada vez menos ansiosa com o futuro, só o agora me importa. E agora
apetece-me voar com o olhar para horizontes mais soalheiros. Quando os meus
sentidos regressam à mesa do café, ouço apenas um silêncio aterrador, quase
reprovador, por fim alguém questiona – E tu o que achas? – O que acho, sei lá,
não “pago” aos deputados para defenderem os meus interesses? Não elegi um
ministro e um presidente para melhor servirem o meu país? Cada um que cumpra a
sua função, tal como eu como cidadã cumpro as minhas! Mas os meus desabafos
ficam para a escrita e mesmo nela sempre encontro um sentido positivo para
quase tudo.
Mais uma vez, tenho a sensação de
bocejo do leitor que mesmo sendo amigo, não deixa, talvez de enfadar-se. Imagino o seu sussurrar contestante
“Deixa lá de ser uma Virgem Maria sem altar, espevita esses neurónios, acaba
com essas balelas de generosidade, de amor ao próximo. Tira do rosto esse
sorriso conciliador, cala de vez essas palavras de esperança. Esse copo que
para ti parece sempre cheio enquanto para mim está sempre vazio”. E num rasgo
de quase malícia, acende centelhas de ténue sarcasmo “se eu fosse governo
havias de pagar imposto só por te armares em boazinha, em benevolente e
positiva, isso lá existe?” Ou existe?
De repente a dúvida. Por essa dúvida,
mas só mesmo por ela, vale a pena continuar a estar aqui, a criar bocejos
nuns, algum motivo de interesse para outros. No entanto, não vou cansar a voz,
não vou gastar as palavras, só para te convencer de algo que não aceitas. Um dia
o descobrirás (suponho/desejo) se
voltares aqui, é porque já o descobriste, então vem, mas traz contigo as asas
do sonhar, do acreditar e vamos ser um bando de pássaros à solta, libertos do
peso de ser infeliz. E respondo ao teu bocejo “Quem me dera que a infelicidade
pagasse imposto, aposto que todos tentaríamos verdadeiramente, ser felizes”...
terça-feira, 5 de dezembro de 2017
Poesia
É
em ti que tanto calo.
É
em ti que adormeço.
É
em ti que esqueço.
É
contigo que sonho.
Em
ti a esperança ponho.
És
a cura do passado.
És
o futuro desenhado.
És
neste passo a passo,
O
mais terno enlaço.
A
minha fonte de luz,
Que
na noite me conduz.
És
a palavra do meu querer,
Cada
silaba do meu crescer.
Em
ti liberto-me de cada dor,
E
em ilusão sou tão melhor.
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