São
datas que festejamos porque as gostamos de
recordar, de guardar algures na memória, algures no peito. Então abrimos
as asas à alegria de poder repetir vezes sem conta essa celebração de
continuidade. Porque essa data nos dá motivos para gostar dela, para a enaltecer.
É o culminar de mais um ano, de momentos, talvez nem todos completamente
perfeitos, “houve dias de sol, houve dias de chuva”. Mas a grande felicidade é
que houve “dias” que se multiplicaram por semanas, meses, anos. Celebramos
aniversários, que são sempre de nascimento, de surgimento de algo de bom na
nossa existência: o começo do amor, o casamento, o nascimento dos filhos, o
início de uma carreira, a concretização de um sonho, projectos, viagens e até o
início de uma amizade.
Então
festejamos sem nos cansarmos, repetindo em nós a sensação do seu começo, a
novidade, a surpresa, a alegria, o salto descompassado do coração, o tocar o
céu, desenhar as estrelas, a descoberta única de uma felicidade que nos atingiu
em pleno no corpo e na alma.
Mas
há datas que entretanto já não festejamos por razões que só a vida, mentora de
realidades, gestora do tempo, o pode explicar. Porque nós, embora já não tenhamos
motivos para celebrar essa data, continuamos a recordá-la, sem aquela grande alegria, é
verdade, mas, guardamo-la num recanto muito íntimo de nós, esse lugar a que
chamamos Saudade.
Para
todos os que celebram aniversários de algo, parabéns.
Para
os que já não celebram algumas datas, que lhes seja possível voltar a
celebrá-las.
Para
os que não têm datas para celebrar, recomecem novos aniversários, comecem agora
a festejar, nem que seja o dia de hoje, 26 de Junho de 2014.
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