Ela veio em silêncio e no mesmo silêncio entregou-me uma carta aberta, lida. Disse-me a expressão desiludida do seu rosto. Li-a e dei voz ao silêncio, transcrevendo o seu sentir. Era a resposta à sua “ridícula” carta de amor… “Li a tua carta, tinha-me prometido que não o faria. Preferia imaginar o seu conteúdo, como se fossem sonhos possíveis. Como se fosse o outro lado do arco-íris, onde diz o mito, encontra-se o pote dos desejos. Mas faltou-me a coragem de ser corajosa. Travei uma luta desigual entre a esperança e a razão, deixei-me vencer. Li a tua carta, não tinha nada do que queria ler ou, talvez tivesse tudo o que esse nada disse. Não tinha o queria ler, talvez porque não tivesses nada para me dizer. Com muita pena minha, sem nenhuma pena tua”.
Que dizer a esta amiga, que me entregava aberta uma carta, que me entregava aberto um coração desiludido. Dobrei-a, entreguei-lha, com um abraço de conforto. Continuarão a escrever cartas, até que um dia deixem de ser cartas paralelas e passem a ser a continuação uma da outra. Que ambas as cartas escrevam a mesma história num tempo verbal que não fale de passado mas que se conjugue no presente e tenha coragem de esboçar um futuro. Porque certamente o querem muito, mas mesmo muito…
Que dizer a esta amiga, que me entregava aberta uma carta, que me entregava aberto um coração desiludido. Dobrei-a, entreguei-lha, com um abraço de conforto. Continuarão a escrever cartas, até que um dia deixem de ser cartas paralelas e passem a ser a continuação uma da outra. Que ambas as cartas escrevam a mesma história num tempo verbal que não fale de passado mas que se conjugue no presente e tenha coragem de esboçar um futuro. Porque certamente o querem muito, mas mesmo muito…
Mais um texto intimista, uma carta que não recebeu a resposta desejada, e o seguir em frente, porque é isso que nos caracteriza a força de prosseguir no caminho, escrever outras cartas, quem sabe alguma encontre uma resposta positiva. Amália
ResponderEliminarQue pena que a resposta não tenha sido a esperada, dá-lhe um abraço meu e a certeza de que um dia a sua carta encontrará um bom receptor.
ResponderEliminarA vida é feita de encontros e desencontros, já dizia o Henrique M, no seu famoso programa. Mas o que importa é fazermos de cada desencontro o degrau para um possível encontro. temos tanto para descobrir e nós e nos outros. Quem sabe quando mas certamente um dia em que como dizes as cartas sejam a continuação duma mesma história. Sandra B.
ResponderEliminarA vida é mesmo assim. Quando a resposta é negativa o melhor é rasgar a carta e num futuro próximo escrever outra, quem sabe desta acerte? José
ResponderEliminarComo é que alguém pode dar um não a uma carta de amor, por mais ridícula que seja?
ResponderEliminarMesmo que não fique o amor quem sabe fique a mais bela amizade. Bjs L.
A palavra de ordem aqui é não desistir, insistir e um dia conseguir tocar fundo num coração que nos dará a resposta que desejamos. Beijocas C.
ResponderEliminarApesar dos contratempos, das negas que levamos na vida, há por aí muitos encontros à nossa espera?
ResponderEliminarQue delicia de post, sempre muito querido e reconfortante. Leonor
ResponderEliminar10 dias para vencer a teimosia, hem??!!Não tinha nada mesmo?
ResponderEliminarO tempo tem estado como eu gosto. No entanto, continua a faltar-me o resto...aquilo q quero muito, mas mt mesmo.