Num dia sombrio, há muito, muito tempo, numa terra longínqua do reino mágico das fadas, nunca visitado pelos humanos, Marbel bocejava e olhava aborrecida para as paredes ancestrais de pedra corroída pelo tempo e pejadas, aqui e ali, de musgo e líquenes de cores baças e apagadas.
Estava a aproximar-se o final do seu exílio social, que durava quase há um século e que havia sido decretado como castigo pelo seu acto irreflectido e irresponsável que quase custara a independência do reino mágico das fadas.
Marbel lembrava-se bem desse dia. Quisera pôr à prova os seus poderes mágicos longe da vigilância da sua mãe e aventurou-se a um voo rasante sobre as águas frias e profundas do lago até à ilha dos seres brilhantes.
Saboreara sofregamente a emoção de transgredir a regra que impedia todas as fadas de transpor a linha de espinheiros que rodeava as margens do lago.
Sentira com grande prazer a frescura das águas a passar velozmente sob o seu corpo esguio e esbelto, liberto do peso gravitacional por efeito da magia dos desejos. O seu vestido brilhante e vaporoso reflectia as cores fantásticas do lago e projectava-as na névoa ondulante que pairava sobre as águas.
Muitos seres do lago tentaram barrar-lhe a passagem, mas ela vencera-os facilmente. E conseguira chegar ao seu objectivo.
Sabia que tinha sido egoísta e que, com isso, pusera em perigo todos os que amava, mas bem lá no fundo, no seu íntimo, nunca se arrependera verdadeiramente da leviana aventura que a levara ao misterioso reino dos magos do lago das mil cores.
Estava a aproximar-se o final do seu exílio social, que durava quase há um século e que havia sido decretado como castigo pelo seu acto irreflectido e irresponsável que quase custara a independência do reino mágico das fadas.
Marbel lembrava-se bem desse dia. Quisera pôr à prova os seus poderes mágicos longe da vigilância da sua mãe e aventurou-se a um voo rasante sobre as águas frias e profundas do lago até à ilha dos seres brilhantes.
Saboreara sofregamente a emoção de transgredir a regra que impedia todas as fadas de transpor a linha de espinheiros que rodeava as margens do lago.
Sentira com grande prazer a frescura das águas a passar velozmente sob o seu corpo esguio e esbelto, liberto do peso gravitacional por efeito da magia dos desejos. O seu vestido brilhante e vaporoso reflectia as cores fantásticas do lago e projectava-as na névoa ondulante que pairava sobre as águas.
Muitos seres do lago tentaram barrar-lhe a passagem, mas ela vencera-os facilmente. E conseguira chegar ao seu objectivo.
Sabia que tinha sido egoísta e que, com isso, pusera em perigo todos os que amava, mas bem lá no fundo, no seu íntimo, nunca se arrependera verdadeiramente da leviana aventura que a levara ao misterioso reino dos magos do lago das mil cores.
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Continua
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No reino mágico das fadas (2)
http://posdequererbem.blogspot.com/2011/02/era-uma-vez-no-reino-magico-das-fadas-2.html