A cada pouco vou
agradecendo.
A cada gota de chuva que
cai descendo a vidraça da janela.
A cada raio de sol que me
entra de mansinho no quarto ainda adormecido da manhã.
O tic tac sonolento do
relógio pendurado na parede solitária e branca.
Um que vai tentando
encontrar o compasso do meu coração, corre
para o apanhar, mas é ultrapassado pelo galope de uma pradaria imaginária.
Cada vez que me levanto e
caminho, os meus passos desenham estranhos destinos, gratos por cada pé que
ante pé e outro que lhe sucede.
Ou quando abro os olhos e
vejo o meu pequeno universo espacial cuja dimensão é irrelevante, tem o tamanho
ideal de um abraço, tem a proporção ideal quase perfeita de um aconchego.
De repente tudo ganha um
novo sentido, o que era pouco parece-me tanto, ou pelo menos, o bastante para
existir e ser suficientemente feliz.
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