Os
nossos caminhos parecem linhas, umas sobem, outras descem, retas ou cheias de
curvas. Há momentos em que mais nos parecem um emaranhado de fios, e nós, como
marionetas precisamos que esses fios nos digam que movimento fazer a seguir,
que passo dar depois do passo dado. Ansiamos por liberdade, mas sentimos-nos
incapazes de cortar as linhas que nos conduzem pela vida a fora, conduzir nós
próprios o nosso destino parece fácil, mas revela-se difícil.
Há
linhas que são tramadas desabafam uns. Há linhas que nos tramam, constatam
outros. São as linhas tortas desta vida, declaram outros ainda, aceitando os
seus desígnios.
E
nós, tal como crianças lá vamos palmilhando a vida, pé ante pé, passo a passo, tentando
endireitar as linhas tortas do nosso destino. Quem sabe um dia descubramos a fórmula
mágica de desenlear essas linhas, de as endireitar. Será preciso uma grande capacidade
de paciência, uma pitada de perseverança, muita atenção e sobretudo uma grande
dose de sorte, essa sorte que torna tudo mais fácil, que desmancha os nós de
cada dia, que endireita o mais torto fado a que cada um está fadado.
Também
é verdade que muitas vezes testamos os limites, que enviesamos as linhas para prolongar o prazer da viagem,
porque se é verdade que a reta é a distância mais curta entre dois pontos,
porque não ir em diagonal e entortar o momento só para quebrar a monotonia,
tudo o que é certinho cansa, um pouco de desarrumação até dá estilo. Já agora,
why not?
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