Onde vou passar este final de ano? Talvez a descansar o olhar no mar. Deixar a alma navegar. Deixar que o rumo me escolha, porque o caminho, esse, está cansado de escolher, sem acolher o sentido recíproco do que sente. Lemas ou dilemas, é tempo de libertar no vento o último lamento e deixar espaço no coração para que surja a oferta dum início, que pode vir na promessa de um Ano Novo que se anuncia sem mácula. Um ano inteiro de expectativas. 12 meses para vencer as batalhas do existir. 366 dias de possibilidades para conquistar o almejado desejo. 8784 horas de sonhos que nos fazem despertar com vontade de os realizar. 525600 minutos que nos oferecem a oportunidade de voar no pensamento e aterrar na ternura do sentimento. Milhões de segundos que sem pressa nos convidam:
“A ser vida, sol e mar.
Estrela, arco-íris e luar”.
Perdoem-me se a minha matemática não estiver exacta. Mas nada é exponencialmente exacto, guardemos, apenas a ideia deste imenso tempo que nos é revelado como um percurso de vida. E se nem tudo correr a 100% como desejaríamos, não devemos desistir no primeiro obstáculo que se nos depara, afinal, temos ainda muitos meses, dias, horas, minutos e segundos para aprendermos a ser felizes.