Somos um Penedo da Saudade
Quando nele deixámos gravadas
Tantas ilusões da mocidade,
que despertava as madrugadas.
Escrevemos na pedra dura
e ela deixou-se escrever.
Revelando que pode ser ternura
se a soubermos receber.
Como é infinita a tristeza
da Fonte das Lágrimas a gotejar.
Esmorece à volta a natureza,
faz-se silêncio para a escutar.
Ai amores perdidos, desencontrados,
Ai amores que são dores sem encanto.
Por estreitas ruas derramados,
num rio feito de tão grande pranto.
Mas já a esperança ganha ensejo
e despontam novas flores.
Quando acontece o desejo
Implorado à Fonte dos Amores.
Capas negras já encobrem
as saudades do partir.
Enquanto serenatas adormecem
no peito o melancólico sentir.
Mais um lindo poema, daqueles a que já nos habituas-te. Fez-me viajar até Coimbra, fez-me sonhar. Obrigada
ResponderEliminarQue lindo, quase melodioso. Que saudades daqueles amores. Que saudades daqueles lugares. Guardo-os comigo e hoje sairam-me pelos olhos. Grato por isso. Um abraço Antero
ResponderEliminarSou de Lisboa, aqui fui estudante mas a minha alma sempre sonhou com esse espirito de capa negras, com penedos de saudade. Espirito que Coimbra vai perdendo, mas ficam os seus lugares a sua poesia para nos fazer acreditar. Bjs Amália
ResponderEliminarFoi bom recordar o espirito de estudante, o tempo em que estamos cheios de sonhos, com o coração hávido de amor. O tempo passa, resta a saudade. Beijos A.
ResponderEliminarBonito poema, gostei imenso de o ler, gostei de o sentir. Tocou-me profundamente, andei por lá, fui estudante, derramentei esperanças. Perdi umas, conquistei outras. Mas adorei cada sorriso e cada lágrima. Beijos grandes, Adelaide
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